Solar Cearense se reinventou após contusão do pivô Bruno Fiorotto e equipe vem desempenhando importante evolução na reta final do NBB.

O pivô é o jogador que atua mais próximo à cesta, tanto na defesa, quanto no ataque. Sua principal função é brigar pela posição onde possa receber (ataque) ou impedir (defesa) o passe. Lutar pelos rebotes é uma obrigação. Na grande maioria das vezes é o atleta mais alto da equipe. Sua área de atuação é o garrafão.

Com essa descrição é fácil lembrar de dois jogadores que vinham dominando ataque e defesa do Carcará, Leozão e Bruno Fiorotto. Até que na partida do dia 23 de janeiro, contra a Liga Sorocabana, Fiorotto sofreu uma lesão que o tirou do restante da temporada. Com o diagnóstico de rompimento do ligamento lateral cruzado anterior do joelho direito, o atleta passou por cirurgia no início de fevereiro e vem se recuperando bem.

“Estou fazendo fisioterapia no intuito de ir ganhando extensão e flexão do joelho, fazendo bastante gelo e repouso. Faço todo processo duas vezes ao dia. Para mim foi muito difícil, mas os meus companheiros e comissão técnica me deram muita força”, explicou Fiorotto. Para o pivô, a crescente do time na reta final da fase de classificação é excelente para chegar bem nos playoffs. “O Bial tem muito mérito por saber tirar o melhor de cada jogador que ele tem no momento e saber usar o melhor sistema tático para a equipe. Mesmo fora continuo vivendo intensamente o time e torcendo para que, apesar de todas dificuldades, no final tudo dê certo. Temos uma equipe muito especial, sou muito grato e feliz por estar aqui”, ressaltou.

O Solar Cearense ficou, em algumas partidas, sem seus pivôs em virtude da lesão de Fiorotto, a recuperação de um desconforto muscular sentido por Leozão, além de uma suspensão por desqualificação, e o Leal também sentiu o tornozelo e teve que se recuperar de uma pneumonia. Diante desse cenário, técnico Alberto Bial teve que reinventar a forma de jogar do Carcará.

“Optei por uma nova posição que a gente ainda não tinha treinado, de quatro abertos, e essa formação em alguns momentos ela parece ideal para o time, hoje, na verdade, ela é a ideal. Estamos conseguindo jogar bem nessa formação, mesmo sem ter treinado por muito tempo. São conceitos não muito difíceis, entrega mão a mão, dá o passe e segue, corrida em direção a cesta, bloqueio sem bola e fechando aos oito segundos com um pique lateral. Mas muitas vezes ainda há um desencontro nesse tipo de sistema que eu digo que não é um sistema, é um jogo livre por conceitos. Vai ser assim que vamos jogar até o fim do campeonato”, explicou Bial.

Um jogador que é, originalmente, da posição 4 (ala-pivô), entrou e se adaptou muito bem à reinvenção do time. O veterano Felipe Ribeiro vem jogando uma média de 23 minutos. Até antes da partida contra o Vitória, quando foi titular pela primeira vez, o ala-pivô tinha uma média de 3.3 pontos, 2.6 rebotes e eficiência 3.5. Ele foi fundamental no clássico nordestino, marcando 14 pontos e 7 rebotes e cestinha do jogo contra o Paulistano, com um duplo-duplo, 14 pontos e 10 rebotes. Hoje, Felipe tem uma média de 6 pontos por partida, 4.4 rebotes e 6.7 de eficiência.

“A saída do Fiorotto fez bastante falta, tivemos a expulsão do Léo, o Leal ficou doente e no time você tem que estar preparado para suprir as ausências que tiverem. Foi isso que aconteceu, não só eu, como o Sualisson ajudou, o Betinho deu o suporte na posição 4, assim o time se fechou mais ainda, viu que precisava estar unido para suprir essas ausências. Não importa qual a posição ou o que precisa fazer eu vou tentar dar o meu melhor, dar o meu máximo. Eu me preocupo em estar preparado, motivado para colher os frutos depois”, afirmou Felipe.

Próximas partidas

  • 21/03 – 19h30
    Solar Cearense x Bauru
    Local: Ginásio Paulo Sarasate
  • 25/03 – 11h
    Flamengo x Solar Cearense
    Local: Arena Carioca 1
  • 27/03 – 19h30
    Minas x Solar Cearense
    Local: Arena Minas Tênis Clube

Veja tabela completa