Atletas do Solar Cearense passaram por cirurgia e seguem em diferentes etapas de tratamento.

No decorrer da temporada do NBB 10 o Solar Cearense ficou sem dois jogadores importante para o time. Um deles, ainda na fase de classificação. O pivô Bruno Fiorotto, que vinha sendo um dos principais nomes na defesa ao lado de Leozão, se machucou na partida contra a Liga Sorocabana no dia 23 de janeiro, no ginásio Paulo Sarasate, e após passar por exames foi constata a lesão de ligamento cruzado anterior. O atleta passou por cirurgia em fevereiro.

“O Fiorotto teve uma lesão de ligamento cruzado anterior, foi feito um processo cirúrgico e a indicação para atletas é o tratamento de 8 a 9 meses no basquete, para ter um retorno seguro. Os três primeiros meses de tratamento, consideramos uma fase crucial onde esse atleta tem que ter fisioterapia diária, principalmente ganhar mobilidade e amplitude no joelho, reestabelecer a força e a amplitude de movimento total. Esse tempo inicial chamamos de maturação do enxerto. É preciso ter bastante cuidado porque a cirurgia não está consolidada ainda”, explicou o fisioterapeuta do Solar Cearense, Ótono Filho.

Fiorotto diz se sentir muito bem, com uma boa evolução que é perceptível a cada semana. “No começo é normal ter um ganho mais rápido, mas no meu caso, por ser uma reincidência a gente tem segurado um pouco, indo devagar, sem apressar nada para não ter nenhum problema futuro. Estou feliz por perceber que estamos bem nesses três meses de tratamento”, explica o pivô, que teve um papel importante ao acompanhar os treinos e jogos do banco de reserva, incentivando seus companheiros de equipe.

Já na fase de playoffs, no primeiro jogo das quartas de final contra o Paulistano, no ginásio Paulo Sarasate, o armador Paulinho, sexto homem do Carcará, um dos principais pontuadores e dono do lance com maior repercussão do NBB, lesionou o joelho direito. O atleta ainda acompanhou a equipe nos últimos jogos, do banco de reservas, e fez a cirurgia no final de abril.

Paulinho teve a mesma lesão de Fiorotto e fez a reconstrução do ligamento cruzado anterior. De acordo com Ótono, ele está bem, até acima dos padrões preconizados. “Ele é um atleta que temos que ter um certo cuidado porque como ele tem uma força de vontade incrível, é preciso dar uma segurada para que ele faça tudo de forma adequada, sem nada excessivo. A recuperação está excelente”, destaca o fisioterapeuta.

“Estou bem melhor. No início, logo após a cirurgia, é difícil, sentimos dores, mas já retornei ao médico e ele me deixou tranquilo, disse que está tudo bem, que no começo é mais difícil, mas estamos cuidando direito. O Ótono vem fazendo um trabalho excelente, além de ser nosso fisioterapeuta, é nosso psicólogo, nosso amigo. Ele já tratou muitos atletas, sabe bem o que está fazendo e tem a confiança dos atletas e do médico, fazendo com que possamos voltar da melhor forma possível”, explica Paulinho.

De acordo com Ótono Filho, do quarto ao sexto mês de tratamento, é feito o retorno ao esporte, começando com exercícios de força, exercícios que imitem um pouco o gesto esportivo que o atleta faz. De seis a oito meses acontece a volta aos treinos em quadra, que é a fase final de reabilitação.

Enquanto Fiorotto está iniciando o fortalecimento, Paulinho está na fase inicial, após 15 dias de cirurgia, a fisioterapia é feita de forma integral. São duas sessões ao dia, diferente da fisioterapia convencional, ela é focada em acelerar o processo de recuperação, usando mecanismos e técnicas para isso.

“Uma sessão de técnicas manuais, de drenagem, de mobilizações, de terapia manual e a outra sessão ele faz em casa que é a crioterapia, o gelo. Ele utiliza um equipamento chamado game ready que faz a compressão e a crioterapia ao mesmo tempo. São 4 sessões de game ready ao dia, além das duas de fisioterapia”, explica Ótono.

“O trabalho preventivo e de fortalecimento é muito importante, mesmo não dando 100% de certeza que não vamos machucar. Acredito muito nesse trabalho, vou continuar fazendo para voltar bem”, finaliza o pivô Bruno Fiorotto.